Sabores de um Empate

Muitos clubes de futebol,ao empatar uma partida de futebol, jogada fora de casa, comemoram o feito e, em muitas das vezes, saem de campo coma sensação de vitória. A qualidade da equipe adversária e a pressão que a torcida "dona da casa" exerce são alguns dos fatores que contribuem para a valorização e dão um sabor especial à um empate. Infelizmente os times mineiros não puderam sentir esse sabor na 23ª rodada do Campeonato Brasileiro. Os três times mineiros que disputam a primeira divisão não conseguiram triunfar perante seus adversários.
O Atlético, apresentou mais uma vez um futebol abaixo da crítica. (Se é que podemos chamar o que vem sendo apresentado pelo Galo de futebol). O time atuou com uma postura defensiva, jogou muito recuado e não conseguiu vencer a modesta Portuguesa de Desportos. Digo modesta porque com o futebol apresentado, ela nos provou o porquê ocupa apenas a 18ª posição na campeonato. A Lusa não conseguiu vencer o limitado e pouco inspirado Atlético, mesmo apresentado um maior volume de jogo. A Portuguesa dominou o meio de campo e, por também ter muitas limitações, não conseguiu aproveitar as chances que criou. Uma delas, uma cabeçada aos 43 minutos do segundo tempo, parou em uma bela defesa que exiguiu muito reflexo do goleiro Edson que demonstrou muita agilidade para evitar o gol lusitano. O empate, apesar de ter sido conquistado fora de casa, não foi um bom resultado para o Atlético tanto matematicamente, o Galo ocupa a 12ª posição com 29 pontos, quanto tecnicamente, devido ao péssimo futebol apresentado.O time do Atletico não conseguiu desenvolver seu poder ofensivo e durante os 90 minutos de partida realizou apenas duas finalizações efetivas ao gol da Lusa. Uma delas resultou no gol que abriu o placar. César Prates, em cobrança de falta aos 16 minutos. Aos 20 a Lusa chegou ao empate com um gol de Washington. Aos 30 minutos do segundo tempo aconteceu a segunda e última finalização do Atlético. O veterano goleiro Sérgio desviou um chute cruzado, do própiro César Prates que acertou o travessão. Duas finalizações em 90 minutos é muito pouco para um clube de uma grandeza centenária como a do Atlético.
Já o Cruzeiro, jogava em casa, era o franco favorito para vencer a boa equipe do Coritiba. Parecia que aquilo que era esperado, a vitória do Cruzeiro, se concretizaria quando aos 4 minutos de partida o zagueiro Espinoza, após cobrança de escanteio, abriu o placar. A pesar do favoritismo, as dificuldades começaram a surgir. A equipe do Coxa Branca, comandada pelo técnico Dorival Júnior se soltou durante a partida e dominou o meio-de-campo mesmo estando em desvantagem no placar durante a maior parte do jogo. O Coritiba não se retraiu. Não se acorvadou diante do Cruzeiro, não se encolheu e jogou com muito afinco e determinação. O esforço do time paranaense foi premiado quando aos 37 minutos do segundo tempo o goleiro Vanderley defendeu um penalti cobrado pelo atacante Guilherme que desperdiçou a oportunidade de definir a partida em favor da equipe mineira. No lance que ocasiounou o penalti o Coritiba teve expulso o jogador Alê. Após a defesa do penalti, o time do Coxa teve o seu esforço recompensado quando aos 46 minutos do segundo tempo o atacante Thiago Silvy marcou o gol que deu para o Coxa um sabor de vitória ao empate conqusitado fora de casa. para o Cruzeiro só restou o amargo sabor de não conquistar o triunfo que estava tão próximo.
E o Ipatinga conseguiu um empate em 0x0 com o Vitória na Barradão. Apesar de ter sido fora de casa o empate não foi um bomresultado para o Ipatinga que continua com a incômoda 20ª colocação segurando a lanterna do campeonato.
Em campeonato de pontos corridos nem sempre um empate é bem vindo.