sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Em tarde pouco inspirada o Galo vence o Rio Branco

O Galo encontrou muitas dificuldades para vencer a equipe de Andradas. Os problemas do time comandado por Emerson Leão continuam visíveis. Com um meio de campo pouco criativo, muitos jogadores estão contundidos como Renan Oliveira e Lopes, o Atlético teve muitas dificuldades para criar oportunidades de gol. A esperança, o jovem meia Carlos Júnior infelizmente não correspondeu às espectativas. Ainda no primeiro tempo, o jogador que fazia sua estréia em diante da torcida, foi expulso. O jogador, que já tinha levado um cartão amarelo, se irritou após não conseguir dominar uma bola “boba” na lateral do campo, perdeu a cabeça e chutou a bola com raiva após deixá-la escapar pela lateral. Recebeu o segundo amarelo e foi expulso de campo. O Atlético encontrava muitas dificuldades no meio de campo com 11 jogadores em campo e sem Carlos Júnior, ficou pior. Mesmo assim, o time ainda conseguiu abrir o placar ainda no primeiro tempo. Um dos destaques do time na temporada, o meia Carlos Alberto, abriu o placar após receber um lançamento livre na área aos 43 minutos.
O segundo gol saiu já no segundo tempo. Após bela jogada individual, Éder Luís marcou. Recebeu a bola na intermediária e a conduziu para o meio e, de dentro da meia lua, bateu forte para o fundo das redes defendidas pelo goleiro Glaison. Foi um belo gol que premiou todo o esforço do, ás vezes, atabalhoado Éder Luís. O atacante é um bom jogador mas, após o seu inexplicável empréstimo ao São Paulo em 2008, precisa reconquistar a confiança da torcida. Éder está em ascensão, e segundo Leão, essa ascensão é graças à alegria com que Éder está jogando bola.

Galo goleia e já está na segunda fase

O regulamento da competição determina que, nas primeiras fases, se a equipe visitante vencer a partida por dois ou mais gols de diferença, ela automaticamente se classifica para a fase seguinte sem a necessidade da realização de um segunda partida. Foi assim que o Atlético se classificou para a segunda fase da Copa do Brasil. Venceu a Itabaiana por 5 a 0 e agora aguarda o vencedor do confronto entre Caxias-RS e Guaratiguetá-SP. O desequilíbrio técnico entre as equipes de Atlético e Itabaiana é muito grande. A estrutura profissional de que o Atlético dispõe, faz a diferença perante um adversário que dispõe de uma estrutura praticamente amadora. Assim, o Atlético não teve para se impor em campo e logo aos 13 minutos, o lateral esquerdo Júnior invadiu a grande área e soltou uma bomba no ângulo: Galo 1 a 0. O segundo gol não demorou muito a sair. Aos 18 minutos o artilheiro Diego Tardelli marcou o segundo gol do Galo e o seu primeiro na Copa do Brasil. Com o placar a seu favor, o Atlético relaxou um pouco em campo e apenas administrou o resultado durante o restante do primeiro tempo.
Esse relaxamento não agradou ao técnico Emerson Leão e no segundo tempo, o Atlético voltou com uma postura mais ofensiva. O terceiro gol alvinegro veio após uma cobrança de falta na meia esquerda. Júnior viu a penetração do jovem lateral direito Marcos Rocha que recebeu livre, invadiu a área e chutou forte para as redes da Iatabaiana. Os outros dois gols do atlético foram marcados pelo jovem meia Carlos Júnior.
O jogador, indicado por “amigo” de Emerson Leão, entrou no segundo tempo e estreou com dois belos gols. O primeiro, 4º do Galo, saiu após um contra ataque veloz. Carlos Júnior invadiu a área e com a perna esquerda soltou uma bomba sem chances para o goleiro da Itabaiana. Para fechar a goleada, o jovem meia não teve muito trabalho, estava na hora certa e no lugar certo e teve apenas o trabalho de rolar a bola para o fundo do gol. Após jogada individual de Éder Luís, ao melhor estilo Marques usando aquela consagrada jogada de linha de fundo, rolou para o meio da área e Carlos Júnior, da marca do pênalti, empurrou para as redes e fechou a goleada: Atlético 5, Itabaiana 0.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Clássico Polêmico

Lamentavelmente o arbitro Alício Pena Júnior ( ex FIFA) apareceu mais do que qualquer estrela do espetáculo. Dizer que esse ou aquele erro cometido por Alício definiria o clássico pode não ser adequado; o se deve sempre permanecer do lado de fora das quatro linhas. Eventualmente, o “se” toma proporções tão grandes que acaba sendo inevitável tentar não deixá-lo entrar em campo. Os erros cometidos por Alício foram cruciais. Logo no primeiro ataque atleticano, o meia Carlos Alberto avançava livre na entrada da meia lua, conduzindo a bola em direção ao gol, quando foi “atropelado” pelo zagueiro Leo Fortunato. Foi unânime, todos que viram o lance têm a mesma opinião: a falta, fora da área, realmente aconteceu. A única opinião que diverge das demais foi a mais importante; a do árbitro. Alício Pena Júnior, para íra dos atleticanos, não marcou a infração clara. Leo Fortunato era o último jogador da defesa do Cruzeiro e não exitou em derrubar Carlos Alberto antes que ele invadisse a área. Se marcasse a falta, Alício deveria expulsar o zagueiro celeste. Dizer que o lance definiria a partida pode parecer prematuro mas com certeza se o o time celeste tivesse, logo no início da partida, um zagueiro a menos em campo a história do jogo poderia ter sido outra. Tirando a participação lamentável do árbitro, o jogo foi bom. A partida foi bastante movimentada e as duas equipes criaram boas oportunidades de gol.
De um lado a velocidade e habilidade do ataque atleticano, e do outro a técnica e o entrosamento do ataque do Cruzeiro. O primeiro gol da partida saiu aos 18 minutos após cobrança de escanteio. A defesa atleticana cortou parcialmente a bola que sobrou na lateral esquerda para Diego Tardelli. O atacante tentou se livrar da marcação de Jancarlos mas perdeu a bola e não conseguiu puxar o contra- ataque. O lateral direito do Cruzeiro alçou a bola na área e Ramires cabeceou no canto alto esquerdo do gol de Juninho. Cruzeiro 1 a 0. As duas equipes continuaram criando muitas oportunidades. Ainda no primeiro tempo, Éder Luís e Diego Tardelli perderam a chance de empatar a partida desperdiçando várias oportunidades. Enquanto isso, Alício continuava perdido em campo. Invertia várias faltas, aplicava com rigor cartões para o Atlético e em lances praticamente idênticos, simplesmente não marcava nada contra o Cruzeiro. O nervosismo tomou conta do time atleticano.
Aos 37 minutos Alício expulsou de campo o zagueiro Welton Felipe do Atlético. O zagueiro já estava “amarelado” e após cometer uma falta considerada por muitos comum, recebeu o segundo cartão amarelo e foi expulso de campo. Aos 43 minutos o atacante Soares invadiu a área atleticana e marcou o segundo gol do Cruzeiro no jogo em uma falha do goleiro Juninho. O chute cruzado passou por baixo do corpo do goleiro. Coincidentemente, a falta de critérios de Alício favorecia sempre ao time azul. Logo na volta do intervalo toda a equipe atleticana subiu para o gramado e foi em direção ao árbitro da partida. Pressioná-lo parecia ser insuficiente, as reclamações não fariam com que os erros fossem corrigidos, mas o gesto serviu para que o Atlético mostrasse todo sua indignação com a postura adotada pelo árbitro no primeiro tempo. Com um homem a mais em campo, o Cruzeiro administrou a partida até os 15 minutos do segundo tempo. Depois disso, o time de Adilson Batista demostrou um desinteresse perigoso. Permitiu que o Atlético, mesmo com um homem a menos em campo continuasse criando boas oportunidades de gol. As tabelas criadas pelos atacantes atleticanos eram sempre desperdiçadas, o ataque alvinegro não estava em uma tarde muito inspirada.
O Atlético consegui diminuir o placar em uma cobrança de penalti. O meia Carlos Alberto invadiu a área e foi derrubado pelo goleiro Fábio. Mais um lance para a coleção de erros de Alício. Fábio deveria ter sido expulso de campo. Era o último jogador e evitou, cometendo o penalti, que Carlos Alberto marcasse para o Atlético. Curiosamente, Alício aplicou cartão amarelo para o goleiro Fábio. O cruzeiro já tinha realizado as três alterações permitidas e se Fábio tivesse sido expulso, Adilson teria que improvisar um jogador de “linha” no gol. Tardelli com muita categoria e até “paradinha”, marcou seu XXX gol no campeonato e o gol de honra do Atlético no clássico. Nos dez minutos finais o atlético continuou atacando, criando e desperdiçando oportunidades de empatar a partida. Final Cruzeiro 2 Atlético 1.
O time de Emerson Leão começa a ter uma identidade. Ainda apresenta muitos erros, principalmente no meio de campo; o setor erra muitos passes e pouco “pegador”. Os volantes atleticanos dão muita liberdade aos meias adversários que ditam, com tranquillidade, o rítimo da partida. Além do meio campo, o principal problema do Atlético está no gol.
A equipe alvinegra é historicamente conhecida por sempre ter e revelar grandes goleiros. Cafunga, Ortiz, Carlos, Tafarrel, Veloso, Danrley, Bruno e Diego são apenas alguns dos que defenderam à altura a camisa 1 do Galo. Alexandre Kalil e Bebeto de Freitas precisam urgentemente contratar um goleiro para o Atlético.

Em Nova Lima não foi diferente: a polêmica também esteve presente. O Villa Nova não faz uma boa campanha e, ameaçado de rebaixamento, vive um dos piores momentos de sua história. Mesmo assim, vencia o América até os 47 do segundo tempo quando em uma falta fora da área, seguindo orientações do bandeirinha, o árbitro marcou pênalti para o América. Luciano marcou e empatou a partida. O Villa perdeu dois preciosos pontos e segue sem vencer no campeonato. Os pontos perdidos devido ao erro da arbitragem, com certeza farão muita falta ao Villa na reta final do campeonato. (VR)

GOLEADAS ESQUENTAM O CLÁSSICO

Mesmo jogando sem vários de seus titulares o Cruzeiro não encontrou dificuldades para golear o time de Divinópolis. A superioridade técnica da equipe azul se mantém mesmo quando o técnico Adilson Batista não utiliza a força máxima de seu elenco. Fábio e Ramires não fizeram falta e logo aos 22 minutos alessandro abriu o placar. O segundo gol demorou um pouco mais a sair e só veio no segundo tempo. Aos 12 minutos o zagueiro Leo Silva, após cruzamento de Gerson Magrão, marcou de cabeça. Aos 14 Wagner sofreu pênalti, Welligton Paulista bateu e marcou. Jonathan marcou o quarto e aos 41mintuos, Soares fechou a goleada.
A vitória do time celeste já era esperada. Mesmo atuando com um time misto, o elenco do Cruzeiro é superior a muitos dos clubes que disputam o Campeonato Mineiro.
Depois de muito tempo, mais de um ano, o Atlético voltou a apresentar à sua torcida um futebol digno de sua tradição. A evolução do time comandado pelo técnico Emerson Leão já é nítida. Do time desajustado que disputou o clássico pelo torneio de verão no Uruguai, a estreia do Atlético na temporada, ao time que goleou o Uberaba, muita coisa melhorou. O torcedor atleticano pode ficar otimista. Do pouco que vimos até agora, o Atlético já mostra muito mais do que aquele sofrível futebol mostrado no ano passado. Pensar em títulos acredito que ainda seja cedo mas com certeza, o ano de 2009 para o Atlético será melhor do que 2008.
O jogo foi movimentado, o Atlético começou pressionando muito e logo aos 11 minutos Diego Tardelli abriu o placar. Após receber passe de Lopes na entrada da área, limpar um zagueiro, girar e bater no canto esquerdo do goleiro Laílson. O time do Uberaba tentou não se abater com com o gol . Arriscou algumas investidas ao ataque mas logo sofreu o segundo gol. Mais uma vez Tardelli. Após receber uma assistência do jovem meia Yuri, recém promovido das categorias de base, o artilheiro alvinegro balançou as redes do Uberaba. 2 a 0. o terceiro gol não demorou a sair. Após conta-ataque rápido Éder Luís invadiu a área e após rebote do goleiro uberabano marcou. O uberaba esboçou uma reação e aos 26 minutos, de maneira irregular, diminuiu o placar. Após uma bola acertar o travessão do goleiro Juninho. Danilo, em posição de impedimento, marcou o gol de honra do Zebu.
O goleiro Juninho pouco trabalhou. No primeiro tempo fez uma defesa com os pés quando foi traído pela trajetória da bola em um chute de longa distância. No segundo tempo, praticamente não foi exigido. Apenas o Atlético jogou. O time explorou muito bem a leveza e velocidade de seus atacantes e muitas oportunidades foram criadas. Aos 12 minutos o meia Tchô, substituto de Lopes que deixou o campo contundido, marcou o quarto gol do Galo após cruzamento do jovem lateral Marcos Rocha. Marcos assumiu a vaga de titular após a contusão de Sheslon que vinha fazendo um bom trabalho, sua contusão foi lamentada por muitos torcedores. O jovem Marcos Rocha mostrou muita maturidade e não sentiu nem um pouco a sua estréia diante da torcida atleticana. (VR)

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Rodada dos Favoritos

Dos três clubes da capital, o América foi o que encontrou maior dificuldade para vencer. Em mais uma partida disputada em casa, o Coelho venceu o Rio Branco por 1 a 0. O jogo foi bastante disputado e as duas equipes procuraram a vitória. A equipe de Andradas, mesmo apesar da derrota, jogou bem. Mostrou que é um bom time e que irá dar muito trabalho aos clubes da capital. As oportunidades criadas pelo atacante do Rio Branco Márcio Diogo levavam muito perigo ao gol de Flávio. Por duas vezes, as finalizações do atacante do Rio Branco beijaram o poste americano. Logo no começo do jogo, em um chute de fora da área, o atacante mostrou que o América teria muito trabalho para alcançar a vitória. A bola explodiu no travessão americano. Apesar da bola na trave o restante do primeiro tempo foi frio. Poucas oportunidades foram criadas pelas duas equipes. O ataque americano não correspondeu às expectativas da torcida e com uma atuação apagada era constantemente colocado em impedimento pela defesa de Andradas. No segundo tempo o técnico Flávio Lopes mexeu na equipe Evanilson e Taílson, em atuações inexpressivas deram lugar a Bruno (vice-campeão brasileiro pelo Atlético em 1999) e ao jovem atacante Bruno Mineiro respectivamente. Apesar das alterações, pouca coisa mudou e o jogo continuou sem muitas emoções. O América continuou criando pouco e os ataques do Rio Branco continuavam levando muito perigo à meta defendida por Flávio. Em um lance de muita habilidade o rápido atacante Márcio Diogo limpou dois zagueiros americanos e mais uma vez mandou uma bola na trave, o chute cruzado passou queimando a grama e tocou no “pé” do poste esquerdo.
Quando o 0 a 0 era praticamente certo, aos 49 minutos do segundo tempo Capixaba foi derrubado na entrada da grande área e árbitro marcou pênalti. O meia Luciano não desperdiçou e estufou as redes do Rio Branco; América 1, Rio Branco 0. Após a cobrança o árbitro encerrou a partida e as reclamações de todo o time do Rio Branco começaram. Durante o tumulto, o goleiro reserva do Rio Branco foi expulso.

Finalmente saiu a primeira vitória atleticana no campeonato, 3 a 0 em cima do Social. O atacante Diego Tardelli marcou duas vezes e caiu de vez nas graças da massa. O primeiro tempo não foi dos melhores, as duas equipes criaram poucas oportunidades e o Atlético, mais uma vez mostrou momentos de desatenção. A defesa continuou mostrando deficiências e o meio de campo, sem muita criatividade, pouco produziu. No segundo tempo o Atlético se impôs. De fato as broncas de Emerson Leão no intervalo fizeram efeito, os jogadores se doaram mais à partida e mostraram maior disposição. O primeiro gol saiu logo aos três minutos do segundo tempo. após falta sofrida por Éder Luís. A falta, a pouco mais de dois metros da meia lua, foi cobrada por Tardelli que encobriu a barreira adversária e abriu o placar. O time do Social partiu para o ataque e se expôs um pouco mais, tudo o que o Atlético queria para definir a partida. Após boa jogada do lateral Júnior, Éder Luís concluiu de cabeça o cruzamento e ampliou a vantagem. Aos 30 minutos, novamente o artilheiro do Atlético na temporada balançou as redes. Com uma cobrança muito parecida com a que originou o primeiro gol, Tardelli marcou o seu segundo gol no jogo e o terceiro do Galo.
Em Nova Lima, Villa Nova e Cruzeiro fizeram um jogo de muitos gols, ou melhor, um segundo tempo de muitos gols. Os cinco gols da partida só saíram na segunda etapa.
Em um primeiro tempo sem emoções, Cruzeiro e Villa se respeitaram muito e não criaram muitas oportunidades. O segundo tempo foi diferente. Mais uma vez, assim como no jogo contra o Social, a velocidade do time do Cruzeiro fez com que a equipe adversária tivesse um jogador expulso. O zagueiro Rodrigão deixou o gramado após receber o segundo cartão amarelo. O caminho para os gols estava livre. Em uma troca de passes envolvente, o ataque Cruzeirense superou a defesa do Villa Nova e aos dez minutos do segundo tempo Soares finalizou marcando o primeiro gol celeste. Cruzeiro 1 a 0. Aos 19 minutos o “inconvocável” Ramíres marcou o segundo gol do Cruzeiro no jogo. Após chute cruzado de fernandinho, a bola cruzou toda a extensão da grande área e Ramires, como um raio passou por traz de toda a defesa e conseguiu concluir; 2 a 0. Aos 28 minutos o Villa conseguiu diminuir. Após uma bola cruzada o goleiro Fábio não segurou e Everton marcou o gol do Leão. O jogo se tornaria mais emocionante se no lance seguinte Soares não tivesse invadido a área e marcado o terceiro gol azul. Mesmo assim, o jogo não perdeu em emoção. O Villa continuou atacando e aos 43 minutos conseguiu o seu segundo gol. Em um contra-ataque o jovem Marcelinho bateu no canto direito após saída de Fábio. Os minutos restantes não foram suficientes para que Villa buscasse o empate. Um lance polêmico foi reclamado pelo time do Villa Nova. Em um chute de fora da área, a bola ia em direção ao gol, um braço “azul” amorteceu o tiro e esse braço não era o de Fábio. O lance foi polêmico, o árbitro considerou que o lance foi “bola na mão” ou seja, o jogador não levou a mão à bola e sim a bola que bateu na mão do jogador, de acordo com o árbitro. Na minha opinião, o lance foi fundamental para definir o placar. Certamente a finalização do ataque do Villa Nova balançaria as redes de Fábio não fosse a mão do zagueiro azul. Será que se o lance ocorresse na área do Villa o posicionamento do árbitro seria o mesmo?

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

MAIS UM PASSEIO AZUL

Pela 2ª rodada do Campeonato Mineiro 2009, o Cruzeiro goleou o Social por 5 a 0. Mais um passeio celeste comandado pelo meia Ramires. Com um futebol de muita classe e diga-se de passagem raro de se ver nos gramados do Brasil, Ramires é hoje sem dúvida o melhor jogador em atuação no país. Além de Ramires, as atuações de Wagner e Wellington Paulista também merecem destaque. O camisa 10 Wagner, se movimentou muito em todo o setor ofensivo dando muito trabalho à defesa do Saci. Já Wellington Paulista está em assenção, teve uma boa atuação e, assim como Ramires, marcou dois gols e mostra uma boa adaptação ao esquema tático cruzeirense.
Jonatham abriu o placar aos 20 minutos após um cruzamento de Fernandinho. No ataque seguinte, um lance que contribuiu para que o Cruzeiro fizesse um placar tão elástico.em uma arrancada, Wellington Paulista foi mais rápido que os zagueiros do Saci e foi agarrado pela camisa na entrada da área.
O lance resultou na expulsão do zagueiro Thiago Emilio. Jogando com um homem a menos, o Social se retraiu. O jogo, que já era comandado pelo Cruzeiro, se transformou em uma partida de um time só. Após a expulsão o cruzeiro teve mais tranqüilidade para ditar o ritmo da partida. No restante do jogo, só deu Cruzeiro. O time celeste envolveu a equipe de Coronel Fabriciano com extrema facilidade e a goleada era apenas questão de tempo. Aos 39 minutos em um chute rasteiro Ramires fez o segundo gol cruzeirense. O chute não foi muito forte mas a trajetória da bola fez com que o goleiro do Social levasse um gol por entre as pernas. Após o intervalo nada mudou. O social continuou apenas se defendendo e tentando evitar o inevitável: uma goleada do Cruzeiro. O limitado time do Social não conseguiu criar nenhuma jogada de ataque que oferecesse perigo à meta defendida por Fábio. De fato a justa expulsão do zagueiro do Social prejudicou o time. Se o Social estivesse com os 11 jogadores em campo talvez teria tido um pouco mais de sorte e o placar não teria sido tão elástico, mas a ineficiência de seu ataque é marcada pela baixa qualidade técnica de seus jogadores.
Aos quatro minutos do segundo tempo, Wellington Paulista marcou o terceiro gol celeste. Aos oito minutos, após chute de Fernadinho, o goleiro Nivaldo não segurou e Ramires marcou o seus segundo gol na tarde, o quarto do Cruzeiro no jogo. Aos 34 Wellington Paulista fechou a goleada azul. 5 a 0 para o Cruzeiro.
O América venceu o Uberlândia por 1 a 0. Jogando no Independência o coelho conseguiu sua primeira vitória no campeonato. Apesar de jogar em casa o time comandado pelo técnico Flávio Lopes demorou a marcar. O gol só veio no segundo tempo após cruzamento do veterano Evanilson.
O lateral americano não fez uma boa partida. Errou muitos cruzamentos, foi tímido ao ataque e não mostrou um bom condicionamento físico. Com um cruzamento da intermediária, Evanilson alçou a bola na área do Uberlândia, o cruzamento veio alto e o zagueiro da equipe do triangulo, desviou o cruzamento para os pés do jovem atacante Chico Marcelo que estava livre dentro da área para marcar o gol da vitória do Coelho. O América está em ascensão. Tem um bom time e com ritmo de jogo pode chegar às finais do Campeonato Mineiro.
Não foi dessa vez que o Atlético conseguiu a primeira vitória na competição. O galo empatou com o Tupi em Juiz de Fora pelo placar de 2 a 2. parecia que a vitória viria com facilidade. Após cobrança de falta, Diego Tardelli abriu o placar. A bola sobrou para o artilheiro atleticano que de dentro da pequena área teve tempo de escolher o canto direito e estufar as redes do time de Juiz de Fora. O destaque do atlético fez o seu segundo gol na partida e ampliou a vantagem atleticana após uma arrancada o zagueiro Welton Felipe que cruzou para a finalização de Tardelli. Após sofrer o segundo gol, o Tupi demorou a se encontrar dentro de campo. O time parecia desajustado mas aos poucos conseguiu diminuir as falhas que tanto dificultavam a sua evolução na partrida. No final do primeiro tempo, o Tupi conseguiu diminuir o placar após falha da defesa atleticana. MIchel cabeceou de dentro da pequena área, a queima roupa e marcou. Na minha opinião o goleiro Juninho deveria ter saído na bola. Muitos dizem que a bola na área é de responsabilidade do goleiro. E na pequena área, de quem é?
No segundo tempo o time do Tupi aumentou a pressão. O Atlético apostou na velocidade de seu ataque e as oportunidades criadas, não eram aproveitadas. E o Tupi conseguiu o empate quando Ademilson balançou as redes de Juninho após uma bola cruzada ter atravessado toda a extensão da grande área e sobrar limpa para o atacante de Juiz de Fora marcar.
Com o empate, o atlético é o 7° colocado do campeonato mineiro (confira aqui a classificação) e o desafio do técnico Emerson Leão está em tornar a defesa atleticana sólida. O problema vai do meio de campo, os volantes ainda estão sendo testados; passa pelas laterais, o jovem Cheslon é o único lateral direito de ofício no plantel atleticano; chega na grande área com zagueiros também sendo testados, Helton Felipe ainda está inseguro e não mostrou ao técnico Leão o bom futebol apresentado no final da temporada passada e chega no gol: a grande dor de cabeça da torcida atleticana. Juninho e Edson não transmitem segurança. Leão, aposta em Juninho mas o goleiro apresenta muitos altos e baixos, alterna boas defesas com trapalhadas inacreditáveis. De todos os goleiros que estão hoje vestindo a camisa do Atlético, a torcida só confia em um: Emerson Leão.