Cruzeiro vence o clássico e se aproxima da briga
O confronto foi interessante. De um lado um time em ascensão, quarto colocado do Brasileiro, 47 pontos e ainda acreditando na briga pelo titulo. De outro, um time que, mesmo após 4 meses, ainda é assombrado pelo fantasma da Libertadores. Um vivendo um momento de construção; o Atlético, depois de anos de participações pífias no Campeonato Brasileiro que se resumiam apenas em lutar contra o rebaixamento, se reestruturou e hoje vive um bom momento. Se ainda não tem um grande time, podemos dizer que hoje tem um bom elenco. O trabalho da Diretoria, e principalmente do atual presidente Alexandre Kalil, fez com que o clube, depois de muito tempo, voltasse a ocupar a prateleira de cima do futebol brasileiro.
Enquanto isso, o Cruzeiro luta para corrigir os erros que cometeu durante o ano. O clube priorizou a disputa da taça Libertadores, fez um bom campeonato é verdade, mas se esqueceu de jogar a grande final. Demorou a assimilar a derrota e demorou a “entrar” no Brasileirão. O time teve um início de campeonato irregular, perdeu pontos importantes dentro de casa e tenta recuperar o tempo perdido. Para isso, a equipe celeste atua jogando somente pelo resultado, faz aquilo que deve ser feito. Joga um futebol objetivo e simples, uma mistura de técnica e refinamento com uma pitada de raça e determinação, e que não tem vergonha de dar chutão. Foram essas as características que fizeram com que o Cruzeiro saísse vencedor no clássico. Os comandados de Adilson Batista puseram em prática todas as lições aprendidas durante o ano. O time teve paciência de esperar o Atlético ceder espaços pelas pontas e soube aproveitá-los. O Cruzeiro atacou bem, deu o bote certo. Aos 11 minutos Wellington Paulista recebeu cruzamento livre dentro da área e, com uma bela cabeçada, abriu o placar. Se atacou bem, podemos dizer que, após o gol, o Cruzeiro se defendeu melhor ainda. O time se fechou na defesa e não deixou o Atlético jogar. A principal característica do time alvinegro foi completamente anulada pela defesa do Cruzeiro. O Atlético não conseguiu impor seu estilo de jogo e a velocidade do ataque atleticano não entrou em campo. Os zagueiros celestes não deram espaço para as arrancadas de Éder Luís e não deixaram o Colombiano Renteria dominar nenhuma bola com liberdade. Márcio Araújo e Carlos Alberto também apareceram pouco, as boas atuações de Marquinhos Paraná, Henrique e Fabrício deram mais consistência ao meio campo do Cruzeiro.Com a vantagem no placar, a proposta do Cruzeiro foi a de apenas se defender. Após a saída de Wellington Paulista que, devido a uma contusão, deixou o gramado ainda no primeiro tempo, o Cruzeiro se preocupou nitidamente em manter o resultado. No segundo tempo, Adilson perigosamente recuou mais a equipe. Elicarlos entrou no lugar do meia Gilberto e Leandro Lima foi o substituto de Thiago Ribeiro. Adilson manteve apenas Gerrón no comando do ataque celeste. A tática de Adilson, apesar de perigosa, funcionou. O time do Atlético não conseguiu superar a forte marcação da equipe azul. Exercia muita pressão, chegava mais ao ataque, mas o Cruzeiro todo recuado conseguiu suportar as investidas de Corrêa e Carlos Alberto pela direita e de Thiago Feltri pela esquerda. O Atlético girava a bola de um lado para o outro, invertia o jogo, e não encontrava espaço. Insistia em alçar bolas na área cruzeirense, totalmente povoada por jogadores de azul. Ao Atlético, acredito que faltou um pouco mais de objetividade, ou melhor, faltou agressividade; agresividade mesmo!! Faltou ao Atlético vontade de ganhar, vontade de vencer seu rival e encostar de vez no Palmeiras e lutar pelo título. Quem quer ser campeão não pode entrar em campo da meneira passiva como o Atlético entrou. Faltou alguém para pegar a bola e partir para cima da defesa azul; faltou Tardelli. O Atlético ainda é um time em construção. O resultade virá a longo prazo.
Com a vitória o Cruzeiro fica na espreita, como uma raposa astuta aguardanda alguém bobear para se infiltrar entre os quatro primeiros colocados.
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
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